quarta-feira, 9 de março de 2016

Porta Santa e ano Santo


AS PORTAS SANTAS NO JUBILEU DA MISERICORDIA

JUBILEU E PORTA SANTA O QUE SIGNIFICA?

 

Significado:

O Jubileu ou Ano Santo é uma celebração que ocorre em diferentes igrejas cristãs históricas, particularmente na Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, que comemoram um ano sabático com significados particulares. Tem suas origens no Judaísmo. Já no Cristianismo enquanto encontrou a sua primeira expressão no início do ministério público de Jesus de Nazaré, com o anúncio do ano do cumprimento do Senhor, tal como expressa pelo Livro de Isaías (Isaías 61: 1-2).

Assim o Jubileu é uma comemoração religiosa da Igreja Católica, celebrada dentro de um Ano Santo, mas o que difere deste é que a celebração jubilar é feita de 25 em 25 anos.

A celebração cristã se fundamenta na Bíblia; tanto no Antigo Testamento, de onde temos a tradição judaica como no Novo Testamento.

 

Origem da palavra

A palavra jubileu vem do hebraico, yovel. Refere-se ao carneiro, cujo chifre foi usado para anunciar o ano festivo. Há estudiosos que oferecem mais uma explicação. Supõe-se que yovel vem do verbo hebraico trazer de volta, pois os escravos voltavam a seu estado anterior de liberdade, não sendo mais servos de homens e sim apenas do Criador; e os terrenos também voltavam aos proprietários originais.

Na época do Templo Sagrado isto era exatamente o que acontecia a cada 50 anos. O Yovel caracterizava-se por três obrigações, que recaíam sobre a nação inteira:

a)   Abstenção de qualquer trabalho agrícola, exatamente como em Shemitá;

A origem do jubileu é bíblica, como é possível verificar em Levítico 25:1-17. O ano do júbilo se abre com o toque da trombeta, chamada em hebraico “jobel”, daí o nome jubileu.  A legislação antiga previa a prática da libertação do escravo e a devolução das propriedades a cada sete anos.  A nova legislação declarou santo o quinquagésimo ano onde era proclamada a libertação para todos os moradores do país. Será o ano do júbilo, onde não semearão. Será um ano sagrado e que comerão o que o campo produzir.

        b) Liberdade incondicional para todo escravo hebreu;

Chegou a hora de libertar todos os escravos judeus. Todos os que possuem escravos judeus devem libertá-los e enviá-los à suas casas. “Santificareis o quinquagésimo ano, proclamando na vossa terra a liberdade de todos os que a habitam”. Este ano será para vós Jubileu: cada um de vós voltará à sua propriedade e à sua família. (Lv 25, 10)

O tempo de Jubileu, era um tempo de Paz e Reconciliação, um tempo de festa e perdão. Um tempo de Graça Divina.

 

      c) A devolução de todos os campos aos seus proprietários originais.

Era no décimo dia do sétimo mês (no mês de tisri), no Dia da Expiação, que se tocava a buzina (shoh·fár, ou sho·fár, um chifre curvo de animal), proclamando liberdade em todo o país. Isto significava liberdade para os escravos hebreus, muitos dos quais se haviam vendido por causa de dívidas. Esse livramento normalmente só ocorreria no sétimo ano de servidão (Êx 21:2), mas o jubileu dava liberdade até mesmo àqueles que ainda não haviam servido por seis anos. Todas as propriedades hereditárias de terras que haviam sido vendidas (usualmente por motivo de reveses financeiros) eram devolvidas, e todo homem retornava à sua família e à sua propriedade ancestral. Nenhuma família devia cair na profundeza duma pobreza perpétua. Toda família devia usufruir honra e respeito. Nem mesmo aquele que tivesse desperdiçado seus bens podia perder para sempre a herança para a sua posteridade. Afinal, a terra pertencia realmente a Jeová, e os próprios israelitas, do ponto de vista de Jeová, eram residentes forasteiros e colonos. (Le 25:23, 24) Se a nação guardasse as leis de Deus, então, como ele disse: “Ninguém deve ficar pobre no teu meio.” — Le 25:8-10, 13; De 15:4, 5.

 

Em São Pedro abre-se a Porta Santa

Sua Origem:

A América tinha sido descoberta há oito anos: O Ano Santo de 1500 representa uma passagem não só para um novo século mas também a abertura para um mundo mais vasto. No dia 24 de dezembro de 1499, Alexandre VI inaugurou, solenemente, o Jubileu e usou um novo rito: a abertura da Porta Santa, na Basílica de São Pedro, que a partir desta data passou a exercer a função desempenhada pela porta áurea de São João de Latrão. O Papa quis, além disso, que a abertura das "portas santas" fosse prevista em cada uma das quatro Basílicas Maiores fixadas para a visita jubilar. A partir de então a passagem através da Porta Santa tornou-se um dos acontecimentos mais importantes do Ano Santo. Foi também inaugurada a rua Alexandrina, que ligava o Castelo do Santo Anjo à Basílica de São Pedro.

O tempo de Jubileu, era um tempo de Paz e Reconciliação, um tempo de festa e perdão. Um tempo de Graça Divina.

Como observado anteriormente, o Jubileu dos cristão está enraizado no Jubileu hebraico. Na Igreja Católica, o Ano Santo, ou Ano Jubilar é um momento em que graças espirituais especiais são concedidas (indulgências) os fiéis cumprem determinadas condições, à imitação do jubileu dos filhos de Israel mencionado no Antigo Testamento.

Já na Igreja Católica Romana, o Jubileu é uma celebração que normalmente acontece a cada 25 anos e no qual a indulgência plenária é concedida. O Jubileu na igreja católica pode ser ordinário ou extraordinário. O Ano Santo ordinário, ou o ano do jubileu, é realizado em intervalos predefinidos enquanto o Jubileu extraordinário é proclamado como apenas quando ocorre um fato importante.

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