AS PORTAS SANTAS NO JUBILEU
DA MISERICORDIA
JUBILEU E PORTA SANTA O QUE
SIGNIFICA?
Significado:
O
Jubileu ou Ano Santo é uma celebração que ocorre em diferentes igrejas cristãs
históricas, particularmente na Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, que comemoram
um ano sabático com significados particulares. Tem suas origens no Judaísmo. Já
no Cristianismo enquanto encontrou a sua primeira expressão no início do
ministério público de Jesus de Nazaré, com o anúncio do ano do cumprimento do
Senhor, tal como expressa pelo Livro de Isaías (Isaías 61: 1-2).
Assim o Jubileu é uma comemoração
religiosa da Igreja Católica,
celebrada dentro de um Ano Santo, mas o
que difere deste é que a celebração jubilar é feita de 25 em 25 anos.
A celebração cristã se fundamenta na Bíblia; tanto no Antigo Testamento, de onde temos a tradição
judaica como no Novo Testamento.
Origem da palavra
A palavra
jubileu vem do hebraico, yovel. Refere-se ao
carneiro, cujo chifre foi usado para anunciar o ano festivo. Há estudiosos que
oferecem mais uma explicação. Supõe-se que yovel vem do verbo hebraico trazer de volta, pois os
escravos voltavam a seu estado anterior de liberdade, não sendo mais servos de
homens e sim apenas do Criador; e os terrenos também voltavam aos proprietários
originais.
Na época do
Templo Sagrado isto era exatamente o que acontecia a cada 50 anos. O Yovel
caracterizava-se por três obrigações, que recaíam sobre a nação inteira:
a)
Abstenção de qualquer trabalho
agrícola, exatamente como em Shemitá;
A origem do jubileu é bíblica, como é possível verificar em
Levítico 25:1-17. O ano do júbilo se abre com o toque da trombeta, chamada em
hebraico “jobel”, daí o nome jubileu. A legislação antiga previa a
prática da libertação do escravo e a devolução das propriedades a cada sete
anos. A nova legislação declarou santo o quinquagésimo ano onde era
proclamada a libertação para todos os moradores do país. Será o ano do júbilo,
onde não semearão. Será um ano sagrado e que comerão o que o campo produzir.
b) Liberdade incondicional para todo
escravo hebreu;
Chegou a hora de libertar todos os escravos
judeus. Todos os que possuem escravos judeus devem libertá-los e enviá-los à
suas casas. “Santificareis o
quinquagésimo ano, proclamando na vossa terra a liberdade de todos os que a
habitam”. Este ano será para vós Jubileu: cada um de vós voltará à sua
propriedade e à sua família. (Lv 25, 10)
O tempo de Jubileu, era um tempo de Paz e
Reconciliação, um tempo de festa e perdão. Um tempo de Graça Divina.
c) A devolução de todos os campos aos
seus proprietários originais.
Era no décimo dia do
sétimo mês (no mês de tisri), no Dia da Expiação, que se tocava a buzina (shoh·fár, ou sho·fár, um
chifre curvo de animal), proclamando liberdade em todo o país. Isto significava
liberdade para os escravos hebreus, muitos dos quais se haviam vendido por
causa de dívidas. Esse livramento normalmente só ocorreria no sétimo ano de
servidão (Êx 21:2), mas o jubileu dava
liberdade até mesmo àqueles que ainda não haviam servido por seis anos. Todas
as propriedades hereditárias de terras que haviam sido vendidas (usualmente por
motivo de reveses financeiros) eram devolvidas, e todo homem retornava à sua
família e à sua propriedade ancestral. Nenhuma família devia cair na profundeza
duma pobreza perpétua. Toda família devia usufruir honra e respeito. Nem mesmo
aquele que tivesse desperdiçado seus bens podia perder para sempre a herança
para a sua posteridade. Afinal, a terra pertencia realmente a Jeová, e os
próprios israelitas, do ponto de vista de Jeová, eram residentes forasteiros e
colonos. (Le 25:23, 24) Se a nação guardasse as
leis de Deus, então, como ele disse: “Ninguém deve ficar pobre no teu meio.”
— Le 25:8-10, 13; De 15:4, 5.
Em São Pedro abre-se a Porta Santa
Sua Origem:
A América
tinha sido descoberta há oito anos: O Ano Santo de 1500 representa uma passagem não só para um novo século mas também a
abertura para um mundo mais vasto. No dia 24 de dezembro de 1499, Alexandre VI inaugurou,
solenemente, o Jubileu e usou um novo rito: a abertura da Porta Santa, na Basílica de São Pedro, que a
partir desta data passou a exercer a função desempenhada pela porta áurea de
São João de Latrão. O Papa quis, além disso, que a
abertura das "portas santas" fosse prevista em cada uma das quatro
Basílicas Maiores fixadas para a visita jubilar. A partir de então a passagem
através da Porta Santa tornou-se
um dos acontecimentos mais importantes do Ano Santo. Foi também inaugurada a
rua Alexandrina, que ligava o Castelo do Santo Anjo à Basílica de São Pedro.
O tempo de Jubileu, era um tempo de Paz e Reconciliação, um tempo de
festa e perdão. Um tempo de Graça Divina.
Como observado anteriormente, o Jubileu dos cristão
está enraizado no Jubileu hebraico. Na Igreja Católica, o Ano Santo, ou Ano
Jubilar é um momento em que graças espirituais especiais são concedidas
(indulgências) os fiéis cumprem determinadas condições, à imitação do jubileu
dos filhos de Israel mencionado no Antigo Testamento.
Já na Igreja Católica Romana, o Jubileu é uma
celebração que normalmente acontece a cada 25 anos e no qual a indulgência
plenária é concedida. O Jubileu na igreja católica pode ser ordinário ou
extraordinário. O Ano Santo ordinário, ou o ano do jubileu, é realizado em
intervalos predefinidos enquanto o Jubileu extraordinário é proclamado como
apenas quando ocorre um fato importante.
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