segunda-feira, 20 de julho de 2020

“Tudo passa. Só Deus basta”

Quero Compartilhar com todos esta profunda reflexão, deste grande Servo de Deus.

Tudo passa. Só Deus basta
Padre João Medeiros Filho
Muitos conhecem essa afirmação da poetisa e mística espanhola Santa Teresa d´Ávila, inspirada no Evangelho: “o céu e a terra passarão, mas minhas palavras jamais passarão” (Mt 24, 35; Lc 21, 33). Um cantor da atualidade interpreta uma música de sua autoria, na qual entoa: “A vida é [como as águas de] um rio. Não seremos os mesmos jamais. Se a gente falar menos... teremos estrelas pra alcançar, sonhos pra sonhar, flores pra regar”. Talvez, alguns recordem Maysa, interpretando um de seus grandes sucessos: “Meu mundo caiu”. O título da música é deveras atual. O universo de cada um desabou, dos sonhos banais aos ideais mais consagrados da alma humana. A fênix de nosso íntimo ressurgirá e sairá voando em busca da ressignificação dos valores, outrora inarredáveis em nossos devaneios. Igualmente, procurará algum porto seguro, onde possa depositar novas convicções. É o momento do Pai e de sua graça, como expressava a filósofa Simone Weil, sempre sedenta do Infinito, em “Attente de Dieu” (À espera de Deus).
A pandemia, que ora grassa pelo nosso país, colocou-nos cara a cara com pretensas certezas, derrubando a segurança de algumas emoções. Ela sacudiu-nos com angústias e temores, abalando nossos alicerces. Mas, no ziguezague dos sustos e apreensões, Cristo sempre aparece, apontando a estrada: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6). Paul Claudel (que foi diplomata no Brasil) dizia: “Jesus desafia-nos a assumir nossa infância espiritual e, vez por outra, brinca de esconde-esconde conosco”. Pode-se verificar tal assertiva, perpassando pelas páginas dos evangelhos. No episódio dos discípulos de Emaús, o Ressuscitado permaneceu inicialmente desconhecido, durante a viagem. Mas, ao sentir a tristeza dos caminhantes desnorteados, revelou-se, demonstrando que está sempre conosco e não nos abandona à própria sorte.
É possível que saibamos agora dar o devido valor à conversa com os amigos no café da esquina; ao cheiro da comidinha caseira; ao abraço apertado na pessoa querida e, até mesmo, às nossas briguinhas familiares. Aprenderemos melhor a repaginar tudo o que era desvalorizado pela banalidade do gesto ou trivialidade do conteúdo. Isso irá nos ensinar: “Vita quae sera tamen” (vida ainda que tardia). Mudaríamos uma palavra do lema dos inconfidentes mineiros, oriundo da Primeira Égloga de Virgílio. Acreditamos que mudar é preciso, realidade preconizada por Cristo, na narrativa do evangelista João, ao dialogar com Nicodemos: “Necessário vos é nascer de novo” (Jo 3, 3).
Recentemente, aqui no Brasil, pessoas indignaram-se porque na França – a partir da reabertura gradual do comércio – formaram-se filas em frente a uma tradicional loja parisiense de roupas. Também se poderia condenar, por acaso, uma jovem que vá a um shopping natalense (quando voltar a funcionar) e comprar uma linda blusa, e vestida com ela contemplar a beleza do mar e o encanto do pôr do sol? Optaria por um visual diferente, simbolismo externo da renovada vestimenta da alma. Afinal, o mundo não mudou? O Evangelho é isso: Boa Nova, alegria, outra visão do mundo e das pessoas. Cristo ensinou: “Verão novos céus e nova terra” (Ap 21, 1). Sua mensagem é clara. Mas, a dor teve de vir para nos fazer abrir os olhos. Foram-se as nossas pretensas certezas.

A pandemia trouxe lições que insistíamos em não aprender. Poderemos ser felizes sem as “seguranças”, que nos tornaram frágeis e as obviedades que nos obnubilaram. Falarão mais alto as palavras do apóstolo Paulo: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4, 13). Ou ainda, a advertência do Mestre: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 5). Já não somos mais o que éramos. Voltaremos às nossas origens. “Somos filhos de Deus, dele saímos e para Ele voltaremos” (Rm 8, 16). A vida se renovará e o Amor ressurgirá. Vale lembrar as sábias palavras de Sêneca “Durante toda a vida é preciso reaprender a viver”. Esperamos que se possa também ter chegado à conclusão de que ainda (infelizmente) “debaixo do sol, no lugar do direito reina a impiedade, em vez da justiça domina a iniquidade”! (Ecl 3, 16). E isso não é de Deus! 

antoniobarnabe.blogspot.com

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Espiritualidade em tempos de pandemia

Você que, como eu, está vivendo um tempo diferente de todos que vivemos nas últimas décadas, onde hoje somos obrigados a ficar em casa, mesmo estando habituados a viver uma vida com grande dinamismo: buscando a todo o momento ser produtivo, ser útil, pois temos como característica do brasileiro (e especialmente o nordestino) ser um povo trabalhador e lutador.

Para alguns, esta luta é pela ascensão e estabilidade no emprego ou até mesmo na vida social, para muitos outros é pela própria sobrevivência diante da grande falta de ofertas de emprego. 
Esta situação, somada a todos as dificuldades de viver em um momento instável de pandemia, tem levado muitas pessoas ao desespero, levando a crises de desequilíbrio psicológico, como ansiedade ou depressão. Nesse momento, além de buscar ajuda, é preciso ter uma válvula de alívio, devemos estar unidos em família e amigos mesmo na distância, buscar o diálogo, viver a essência da vida: o amor. Unidos, precisamos buscar cada vez mais a presença de DEUS, na Oração, na Sagrada Escritura e no amor fraterno. Lembrar do que nos diz (Lc 6, 20-26) e (Mt 11, 28-30).

É momento de crer e orar por dia melhores

Meu irmão e minha irmã, eu convido a você não desistir, pois acima de toda pandemia, crises e tribulações que você esteja passando, lembre-se que você tem um Deus que te ama e não desiste de você por nada, a prova disto está na Cruz, onde seu Filho derramou seu Preciosismo Sangue para nos resgatar do pecado.

Levante a cabeça e olhe para o alto, faça uma experiência com Deus e em Jesus, acredite que será vencedor, que vencerás tuas dificuldades, basta tocar no seu manto (Lc 8, 43-48), vá e não tenha medo, Jesus está sempre esperando alguém que acredite e toque no seu manto, para Ele dizer “vai em paz, tua fé te Salvou”.
 

Precisamos ser crentes como o chefe da Sinagoga, o centurião, a viúva e tantos outros que receberam a cura e ouviram de Jesus a mesma afirmação, “vai, tua fé te Salvou” e que só faz uma exigência para todos nós: “ame a Deus de todo coração e ao teu próximo como a ti mesmo”. Lembre-se, ele está sempre nos dizendo: “não tenhas medo, Eu estou com você todos os dias até o fim dos tempos”

Acreditemos, e sejamos todos, num futuro próximo, vencedores felizes. Deus os abençoe!