(ESTE DOCUMENTO É FRUTO DE ESTUDO DOS DOCUMENTOS DA IGREJA CATÓLICA E
DE UM DOCUMENTO DA PARÓQUIA DE PONTA GROSSA PARA O MINISTÉRIO DA SAGRADA
COMUNHÃO EUCARÍSTICA, APROVADO PELA COMISSÃO DOS BISPOS DO BRASIL).
“Conhecer
a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, transmitir este
tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos
escolher” (Documento de Aparecida, n. 18).
NOSSA
VIDA
INTRODUÇÃO
Este material, foi preparado
com todo carinho para ajuda-los e que transmitimos através das nossas formações
mensais, recomendamos que procurem entende-lo e busquem colocar em prática as
indicações. Se você fizer assim, o ardor do seu Coração passará para as suas
ações e, sem que se perceba, você se tornará um instrumento de Deus para muitas
pessoas. O mesmo Jesus que você entregará em forma de Pão, as pessoas verão
estampado na alegria do seu rosto.
Este é um dos momentos em que
as famílias estão muito sensíveis frágeis. Façam uma escala, envolvam um grande
número de ministros, usem a criatividade e marquem presença como Igreja
Católica lá onde as pessoas precisam do nosso carinho e apoio.
Ir ao encontro dos que
sofrem: nós, MESCEs, já fazemos isso? Agora sugiro que ampliemos esse serviço
maravilhoso! por meio de nossas mãos, dos nossos olhares, dos nossos modos
simples de ser, dos nossos modos acolhedores para com todos! Não temamos,
MESCE, de realizar com afinco o nosso ministério. Você com certeza enfrentará
não poucas dificuldades. Saibam, no entanto, que “o que nos define não são as
circunstâncias dramáticas da vida, nem os desafios da sociedade ou as tarefas
que devemos empreender, mas acima de tudo o amor recebido do Pai graças a Jesus
Cristo pela unção do Espírito Santo” Que este amor do Pai sempre nos acompanhe
e a todas as pessoas que lhe são queridas.
A Eucaristia é Deus vivo entre nós.
Ao sermos chamados a prestar um serviço à Igreja como Ministros Extraordinários da Comunhão e da Esperança, é comum muitos leigos e leigas sentirem um misto de alegria e temor: alegria por serem escolhidos para este grande ministério e temor por saberem que lhes tocará ter um contato direto com a Eucaristia.
Aproximar-se da
Eucaristia significa experimentar Deus de pertinho.
Por isso, no
exercício do ministério, os MESCEs sentirão o coração arder e perceberão que a
Eucaristia é o sacramento privilegiado do encontro do discípulo missionário com
Jesus Cristo.
João Paulo II
escreveu: “A Igreja recebeu a Eucaristia de Cristo, como o dom por excelência,
porque é dom Dele mesmo. Esta não fica circunscrita no passado, pois tudo o que
Cristo é, tudo o que fez e sofreu por todos os homens, participa da eternidade
divina, e assim transcende todos os tempos e em todos se torna presente”.
A Eucaristia,
portanto, é Deus vivo entre nós! Junto à Eucaristia, os MECEs se dão conta de
que o próprio Jesus, o mesmo que caminhava pelas vias da Palestina, o mesmo que
transformou água em vinho, o mesmo que falou palavras eternas, agora,
ressuscitado, está a seu alcance em forma de pão. Ao perceber isso, cresce
imensamente a sua gratidão a Deus por tão grande tesouro doado à Igreja. De
fato, “na Santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da
Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens
a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo”. A
Eucaristia é a presença estendida de Cristo nos séculos para a vida do mundo.
Duas condições para que haja a Eucaristia: o sacerdócio e o mandamento novo
A cada ano, na celebração da Quinta-feira Santa, recordamos a instituição da Eucaristia. Naquela mesma noite celebramos a instituição do sacerdócio. Fala-se pouco, no entanto, do mandamento novo do amor, do gesto do lava-pés, que Jesus realiza para com os
discípulos e que
deseja se torne a prática entre os seus: “Dei-vos o exemplo para que, como eu
vos fiz, façais também vós” (Jo 13,15). O sacerdócio e o mandamento do amor são
sempre necessários para que aconteça a Eucaristia.
Todos nós sabemos
que onde não há o sacerdote, não há a Eucaristia. Entende-se, então, o motivo
pelo qual Jesus instituiu o sacerdócio quando se doava em Eucaristia para o
mundo. Por sua vez, o sacerdócio é todo relacionado à Eucaristia. E o
mandamento do amor, com a sua concretização no lava-pés, no contexto daquela
noite santa, o que significa? O Evangelista João colhe a profundidade do que
está acontecendo e expressa-o com as seguintes palavras: “Tendo amado os seus
que estavam no mundo, Jesus amou-os até o fim” (Jo 13,1).
E logo em seguida
acrescenta: “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros” (Jo 13,34).
Na última ceia,
Jesus vive o ponto mais alto da sua vida terrena: a máxima doação no amor para
com o Pai e para conosco. Expressa tudo isso no seu sacrifício da cruz, que Ele
antecipa dando-nos o seu Corpo e derramando por nós o seu Sangue. É desse momento
culminante e não de um outro, embora maravilhoso, como a Transfiguração ou dos
seus milagres – que Jesus nos deixa o memorial. Isto é, deixa para a Igreja o
memorial presença daquele momento supremo do amor e da dor na cruz, que o Pai
torna perene e glorioso na ressurreição. É desse momento que Jesus deseja que a
Igreja celebre a sua memória, reviva os seus sentimentos de doação: “Fazei isto
em memória de mim” (Lc 22,19; 1Cor 11,24).
Então, para que
haja Eucaristia é preciso o sacerdócio e o amor recíproco: se não houver
sacerdote não haverá Eucaristia; e se faltar o amor recíproco entre as pessoas,
a Eucaristia se tornará uma celebração que não aquece os corações e não se
reviverão os sentimentos de Cristo.
A Eucaristia,
celebrada numa comunidade onde é vivo o amor recíproco faz a Igreja, transforma
os cristãos em discípulos missionários de Jesus Cristo e a comunidade se torna
a morada de Deus: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome eu estarei
no meio deles” (Mt 18,20).
Os MESCEs não
somente zelam, com imenso amor, da Eucaristia na comunidade sendo colaboradores
dos sacerdotes, mas são também os promotores do amor cristão vivido entre
todos. Pois, onde falta o amor entre os irmãos, onde há divisões, onde há
brigas, a Eucaristia
verdadeiramente
não pode ser celebrada: “Quando estiveres levando a tua oferenda ao altar e ali
te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferenda
diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão. Só então, vai
apresentar a tua oferenda” (Mt 5,23).
Cf. JOÃO PAULO II, Carta Encíclica, Ecclesia de Eucharistia, n. 11.
BENTO XVI, Exortação
Apostólica Pós-Sinodal, Sacramentum Caritatis, 16.5
“A Eucaristia, como suprema
manifestação sacramental da comunhão na Igreja, exige para ser celebrada, um
contexto de integridade dos laços, inclusive externos, de comunhão” (BENTO XVI,
Exortação Apostólica Pós-Sinodal, Sacramentum Caritatis, n. 38).
“Cristo Senhor (...) consagrou na sua mesa o sacramento da nossa paz e unidade. Quem recebe o sacramento da unidade, sem conservar o vínculo da paz, não recebe um sacramento para seu benefício, mas antes uma condenação”
(BENTO XVI, Exortação Apostólica Pós-Sinodal, Sacramentum Caritatis, n. 40).
Estória:
“Uma mãe tem cinco filhos. Está
muito triste porque duas de suas filhas não falam entre si. Se desentenderam e não sabem se perdoar. O
encontro do Natal, com todos os filho presentes, não teve sentido e não teve
graça. Havia um espinho cravado no seu coração: a desavença das filhas. Ela
sofre e reza. Pede a Deus que façam as pazes. Seria a sua maior alegria. Disse:
Quando os filhos estão de briga, nenhuma festa traz alegria para os pais. Da
mesma maneira, quando os cristãos querem prestar sua homenagem a Deus, devem
antes fazer as pazes entre si. Deus quer que seus filhos vivam em paz, para que
sua oferta seja aceita”
Nenhum comentário:
Postar um comentário