sábado, 8 de agosto de 2020

Convite à montanha

Meu Irmão e minha Irmã, outro dia eu escrevi um texto e nele convidava você a acalmar seu coração numa experiência com Deus, em Jesus Cristo. Hoje volto a falar no mesmo assunto, só que desta vez lhe mostrando que é o próprio Jesus que nos convida a esta experiência. Leia com atenção o Evangelho de hoje (Mateus 17, 14-20) e veja, Ele nos convida quando chama Pedro, Tiago e João a subir com Ele a Montanha Sagrada.

Jesus queria levá-los antecipadamente a presença de Deus, pois o alto, a montanha, é a proximidade de Deus, precisamos buscar sempre as coisas do Alto como dizia nosso saudoso Pe Léo. Meu Irmão e minha Irmã, a experiência com Jesus nos proporciona uma transformação tão profunda que a mudança involuntária vai acontecendo em nós e muitas vezes é percebida pelo outro antes de nós mesmos, pois quem tem esta experiência não pode continuar  igual a antes, mas tem que ir em busca do próximo que está precisando de ajuda.

No alto, estamos mais perto de Deus

No Evangelho, quando acontece a transfiguração, os discípulos ficam sem saber o que falar, Pedro dirige-se ao Senhor e propõe montar três tendas, uma para Jesus, uma para Moisés e outra para Elias. Perceba que ele, Pedro, não lembrou-se dele nem dos outros Discípulos. Quando a sombra do Espirito Santo (a Nuvem) os cobriu e nela Deus falou, eles caíram com os rostos em terra, diz o Evangelho, porém Jesus os manda levantar, porque quem tem uma experiência com Jesus deve receber d'Ele a missão: ide e evangelizai, ide e cuidai do teu irmão, ide e fazei Discípulo meu aquele que ainda não me conhece.

Não deixe de atender ao convite de Jesus para subir a montanha com Ele. Não é fácil subir uma montanha, e Ele não prometeu sombra e água fresca a ninguém, o primeiro convite foi assim; “Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”, e quando alguém disse: Senhor, eu quero te seguir, Ele respondeu “os pássaros tem seus ninhos, as raposas seus covis, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”.

Meu irmão e Minha Irmã, Jesus quer nos ensinar que é possível encontrar algo bom nas piores coisas que nos aparecem. Eu posso ser o pior ser entre os homens, aquele que não tem valor algum, mas Jesus encontrará algo bom em mim.

Vivemos hoje uma situação de pandemia, coisa que nos desestrutura, nos deixa apavorados sim, porém diante deste terror, Deus suscitou na sua Igreja a ideia de usar as mídias sóciais e fazer que seus pastores transformassem em cada lar uma Igreja, a igreja domestica, onde todos os dias refletimos a sua Palavra, que assim possamos levar conforto a todos os lares. 

Louvado Seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

“Tudo passa. Só Deus basta”

Quero Compartilhar com todos esta profunda reflexão, deste grande Servo de Deus.

Tudo passa. Só Deus basta
Padre João Medeiros Filho
Muitos conhecem essa afirmação da poetisa e mística espanhola Santa Teresa d´Ávila, inspirada no Evangelho: “o céu e a terra passarão, mas minhas palavras jamais passarão” (Mt 24, 35; Lc 21, 33). Um cantor da atualidade interpreta uma música de sua autoria, na qual entoa: “A vida é [como as águas de] um rio. Não seremos os mesmos jamais. Se a gente falar menos... teremos estrelas pra alcançar, sonhos pra sonhar, flores pra regar”. Talvez, alguns recordem Maysa, interpretando um de seus grandes sucessos: “Meu mundo caiu”. O título da música é deveras atual. O universo de cada um desabou, dos sonhos banais aos ideais mais consagrados da alma humana. A fênix de nosso íntimo ressurgirá e sairá voando em busca da ressignificação dos valores, outrora inarredáveis em nossos devaneios. Igualmente, procurará algum porto seguro, onde possa depositar novas convicções. É o momento do Pai e de sua graça, como expressava a filósofa Simone Weil, sempre sedenta do Infinito, em “Attente de Dieu” (À espera de Deus).
A pandemia, que ora grassa pelo nosso país, colocou-nos cara a cara com pretensas certezas, derrubando a segurança de algumas emoções. Ela sacudiu-nos com angústias e temores, abalando nossos alicerces. Mas, no ziguezague dos sustos e apreensões, Cristo sempre aparece, apontando a estrada: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6). Paul Claudel (que foi diplomata no Brasil) dizia: “Jesus desafia-nos a assumir nossa infância espiritual e, vez por outra, brinca de esconde-esconde conosco”. Pode-se verificar tal assertiva, perpassando pelas páginas dos evangelhos. No episódio dos discípulos de Emaús, o Ressuscitado permaneceu inicialmente desconhecido, durante a viagem. Mas, ao sentir a tristeza dos caminhantes desnorteados, revelou-se, demonstrando que está sempre conosco e não nos abandona à própria sorte.
É possível que saibamos agora dar o devido valor à conversa com os amigos no café da esquina; ao cheiro da comidinha caseira; ao abraço apertado na pessoa querida e, até mesmo, às nossas briguinhas familiares. Aprenderemos melhor a repaginar tudo o que era desvalorizado pela banalidade do gesto ou trivialidade do conteúdo. Isso irá nos ensinar: “Vita quae sera tamen” (vida ainda que tardia). Mudaríamos uma palavra do lema dos inconfidentes mineiros, oriundo da Primeira Égloga de Virgílio. Acreditamos que mudar é preciso, realidade preconizada por Cristo, na narrativa do evangelista João, ao dialogar com Nicodemos: “Necessário vos é nascer de novo” (Jo 3, 3).
Recentemente, aqui no Brasil, pessoas indignaram-se porque na França – a partir da reabertura gradual do comércio – formaram-se filas em frente a uma tradicional loja parisiense de roupas. Também se poderia condenar, por acaso, uma jovem que vá a um shopping natalense (quando voltar a funcionar) e comprar uma linda blusa, e vestida com ela contemplar a beleza do mar e o encanto do pôr do sol? Optaria por um visual diferente, simbolismo externo da renovada vestimenta da alma. Afinal, o mundo não mudou? O Evangelho é isso: Boa Nova, alegria, outra visão do mundo e das pessoas. Cristo ensinou: “Verão novos céus e nova terra” (Ap 21, 1). Sua mensagem é clara. Mas, a dor teve de vir para nos fazer abrir os olhos. Foram-se as nossas pretensas certezas.

A pandemia trouxe lições que insistíamos em não aprender. Poderemos ser felizes sem as “seguranças”, que nos tornaram frágeis e as obviedades que nos obnubilaram. Falarão mais alto as palavras do apóstolo Paulo: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4, 13). Ou ainda, a advertência do Mestre: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 5). Já não somos mais o que éramos. Voltaremos às nossas origens. “Somos filhos de Deus, dele saímos e para Ele voltaremos” (Rm 8, 16). A vida se renovará e o Amor ressurgirá. Vale lembrar as sábias palavras de Sêneca “Durante toda a vida é preciso reaprender a viver”. Esperamos que se possa também ter chegado à conclusão de que ainda (infelizmente) “debaixo do sol, no lugar do direito reina a impiedade, em vez da justiça domina a iniquidade”! (Ecl 3, 16). E isso não é de Deus! 

antoniobarnabe.blogspot.com

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Espiritualidade em tempos de pandemia

Você que, como eu, está vivendo um tempo diferente de todos que vivemos nas últimas décadas, onde hoje somos obrigados a ficar em casa, mesmo estando habituados a viver uma vida com grande dinamismo: buscando a todo o momento ser produtivo, ser útil, pois temos como característica do brasileiro (e especialmente o nordestino) ser um povo trabalhador e lutador.

Para alguns, esta luta é pela ascensão e estabilidade no emprego ou até mesmo na vida social, para muitos outros é pela própria sobrevivência diante da grande falta de ofertas de emprego. 
Esta situação, somada a todos as dificuldades de viver em um momento instável de pandemia, tem levado muitas pessoas ao desespero, levando a crises de desequilíbrio psicológico, como ansiedade ou depressão. Nesse momento, além de buscar ajuda, é preciso ter uma válvula de alívio, devemos estar unidos em família e amigos mesmo na distância, buscar o diálogo, viver a essência da vida: o amor. Unidos, precisamos buscar cada vez mais a presença de DEUS, na Oração, na Sagrada Escritura e no amor fraterno. Lembrar do que nos diz (Lc 6, 20-26) e (Mt 11, 28-30).

É momento de crer e orar por dia melhores

Meu irmão e minha irmã, eu convido a você não desistir, pois acima de toda pandemia, crises e tribulações que você esteja passando, lembre-se que você tem um Deus que te ama e não desiste de você por nada, a prova disto está na Cruz, onde seu Filho derramou seu Preciosismo Sangue para nos resgatar do pecado.

Levante a cabeça e olhe para o alto, faça uma experiência com Deus e em Jesus, acredite que será vencedor, que vencerás tuas dificuldades, basta tocar no seu manto (Lc 8, 43-48), vá e não tenha medo, Jesus está sempre esperando alguém que acredite e toque no seu manto, para Ele dizer “vai em paz, tua fé te Salvou”.
 

Precisamos ser crentes como o chefe da Sinagoga, o centurião, a viúva e tantos outros que receberam a cura e ouviram de Jesus a mesma afirmação, “vai, tua fé te Salvou” e que só faz uma exigência para todos nós: “ame a Deus de todo coração e ao teu próximo como a ti mesmo”. Lembre-se, ele está sempre nos dizendo: “não tenhas medo, Eu estou com você todos os dias até o fim dos tempos”

Acreditemos, e sejamos todos, num futuro próximo, vencedores felizes. Deus os abençoe!

domingo, 10 de maio de 2020


Domingo 10 de Maio de 2020
Evangelho de Jo 14,1-12,
Neste Evangelho, Jesus começa dizendo não se perturbe o vosso coração.
Jesus falava para seus Discípulos, porem só aparecem dois, Tomé e Felipe, muito interessante que os dois estavam cheios de duvidas, Tomé não havia entendido a vida eterna (salvação) e Felipe desejava conhecer o Pai (Deus).
Observem que mesmo Tomé e Felipe já tendo convivido com Jesus um bom tempo estavam inseguros, Tomé se dirige a Jesus e diz que não podem segui-lo depois por que não sabem o caminho, Jesus fala “Eu sou o Caminho a Verdade e a Vida ninguém vai ao Pai senão por mim”. Já Felipe aproveitando a oportunidade pede “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” pensando um pouco nessa situação dos dois discípulos nas suas carências, chegou a minha mente a situação em que estamos vivendo com essa pandemia e fiz uma reflexão entre nós e eles.
Os nossos desejos nossas carências e os desejos e carências dos dois. Hoje nosso maior desejo é que tudo isso, coronavirus (covid19) acabe e consigamos sobreviver e a vida volte ao normal, durante muito tempo pensávamos em ir a Missa durante a semana não íamos por falta de tempo, queríamos conversar com nossos filhos e nossas esposas também não tínhamos tempo, ligar para um amigo e visitar outro que estava doente também faltava tempo, ler um bom livro, fazer uma doação a uma família ou a própria Igreja faltava tempo ou deixávamos para o próximo mês, pois este mês eu vou trocar o carro ou vou aquela viagem as despesas são grandes depois eu faço.
Como um pesadelo chega á pandemia e tudo mudou, os trabalhos acabaram,  as escolas fecharam e os pais tiveram que se reinventar para cuidar dos seus filhos em tempo integral, as viagens e as compras supérfluas foram adiadas, visitas não mais poderão se realizar, os carros ficaram na garagem sem utilidade, e as horas dispensadas nos salões de belezas não mais fazem sentido, os rostos estão cobertos por mascaras o que faz com que todos fiquem iguais e que parte da sociedade que podia  tudo hoje não pode mais, ficando todos expostos a um inimigo invisível que não escolhe classe social, região ou país, não importa  sua conta bancaria ou posição social.
Mais Deus na sua infinita misericórdia, mesmo vendo a falta de compromisso e amor dos seus filhos, vem nos socorrer e mostra que continuamos sendo seus filhos amados, suscita nos seus pastores a ideia de usar as redes sociais e nelas chegar a cada lar e transforma-los numa Igreja, a Igreja domestica, e diz para cada um, “Não tenhas medo, Eu estarei com vocês até o fim dos tempos”, meu irmão e minha irmã, será que ainda vamos ter outra chance?, Ouçamos Ele está sempre dizendo “Eu Sou o Caminho a Verdade e a Vida”.   
Voltamos aos Discípulos, criticamos Tomé por duvidar mesmo estando com o Senhor há tanto tempo e não o pai na face do Filho. Nós o que fizemos para mudar nossas atitudes antes disso tudo acontecer? Parávamos para pensar no próximo? Perguntávamos senhor qual o caminho devo seguir?
Tomé teve a coragem de expressar a sua duvida e pedir ajuda mesmo que assim revelasse sua fraqueza.
Felipe com sua ansiedade para conhecer o Pai distraiu-se e não observou os ensinamentos de Cristo que o faria entender a dinâmica Divina na relação Pai e Filho. Façamos uma reflexão da cena dos dois e Jesus, Tomé diz Senhor não sabemos pra onde vais como poderemos conhecer o Caminho? ele queria conhecer o caminho para a vida Eterna, Felipe diz Senhor mostra-nos o Pai e isso basta, como era simples acabar suas dúvidas e satisfazer suas necessidades.
E nós o que precisamos para tirar nossas duvidas e saciar nossas necessidades? Já estamos maduros na Fé para dizer que só o Senhor nos basta?.
Tempo agora temos de sobra, é tanto tempo que aprendemos a cuidar da casa com nossas esposas e assim conhecer quanto trabalho há numa casa, fazemos coisas que não fazíamos e ainda sobra tempo para poder percebermos que toda correria, não era necessário hoje tempo sobra e não sabemos o que fazer, o melhor é que temos tempo para pensar no outro e pensando no próximo descobrimos que muitos precisam de nós, neste tempo sobrando podemos silenciar e ouvir a voz de Deus que diz, o maior mandamento é amarás o senhor teu Deus de todo Coração e ao teu Próximo como a ti mesmo. Valorizemos este tempo e amemos a Deus na pessoa do teu próximo.